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Saúde e bem-estar

A artrite reumatóide, ou AR, é uma doença inflamatória e autoimune. Isso significa que, quando você tem a doença, seu sistema imunológico ataca células saudáveis do seu corpo por engano, o que causa inflamação nas partes afetadas do corpo, que incham e doem.

A artrite ataca principalmente as articulações, geralmente muitas ao mesmo tempo. O mais típico é afetar as articulações das mãos, punhos e joelhos.

Quando uma articulação tem artrite, seu revestimento fica inflamado, o que causa danos aos tecidos articulares. Esse dano pode causar dor crônica, instabilidade (frouxidão ou até mesmo falta de equilíbrio, dependendo da articulação) e deformidades.

A artrite também pode afetar outros tecidos do corpo e causar problemas em órgãos como pulmões, coração e olhos.

E quais são os sinais e sintomas da artrite?

Com a artrite, há momentos de piora dos sintomas, que são conhecidos como surtos. E há outros momentos, em que os sintomas melhoram, chamados de períodos de remissão. Quando a artrite apresenta sintomas, encontramos normalmente:

  • Dor e rigidez em mais de uma articulação
  • Sensibilidade e inchaço em mais de uma articulação
  • Os mesmos sintomas estão presentes em ambos os lados do corpo; por exemplo, se a AR está presente numa das mãos, está também na outra
  • Perda de peso
  • Febre
  • Fraqueza, fadiga ou cansaço

O que causa a artrite?

A artrite é uma doença autoimune. Isso quer dizer que ela é o resultado de uma resposta do sistema imunológico, em que este ataca suas células saudáveis do próprio corpo da pessoa. As causas específicas ainda são desconhecidas, mas alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver a doença.

Quais são os fatores de risco para artrite?

Os pesquisadores estudaram uma série de fatores genéticos e ambientais para determinar se eles alteram o risco de uma pessoa desenvolver AR.

Idade – a artrite pode começar em qualquer idade, mas a chance é maior, quanto mais velha for a pessoa. A época mais comum para o início da AR é na faixa dos sessenta anos.

Sexo – a artrite reumatóide é de duas a três vezes mais comum em mulheres do que em homens.

Genética – uma parte importante do nosso sistema imunológico é controlada por um conjunto de gens, chamado de HLA classe II. Pessoas nascidas com alguns genes específicos no HLA classe II são mais propensas a ter artrite, e também a ter formas mais graves da doença. Se as pessoas com esses genes são expostas a fatores ambientais, como fumo ou obesidade, o risco é ainda maior.

Fumar. Vários estudos mostram que o fumo aumenta o risco de uma pessoa desenvolver artrite e pode piorar a doença.

Histórico obstétrico – mulheres que nunca deram à luz podem estar em maior risco de desenvolver artrite.

Exposições no início da vida. Por exemplo, crianças cujas mães fumam têm o dobro do risco de desenvolver artrite quando adultos.

Obesidade. Ser obeso pode aumentar o risco de desenvolver artrite, e, quanto mais obesa uma pessoa for, maior é o risco de desenvolver artrite.

Ao contrário dos fatores de risco acima, que podem aumentar o risco de desenvolver AR, pelo menos uma característica pode diminuir o risco de desenvolver AR. É a amamentação: mulheres que amamentaram seus bebês têm um risco menor de desenvolver AR.

Como a artrite é diagnosticada?

O diagnóstico da artrite pode ser feitopor meio de um histórico de sintomas e de um exame físico completo. Além disso, o médico, normalmente um reumatologista,poderá solicitar raios-X e exames laboratoriais.

Quanto mais cedo se diagnosticar a artrite, melhor. Quando o diagnóstico acontece dentro de 6 meses após o início dos sintomas, é possível iniciar o tratamento para retardar ou interromper a progressão da doença.

Qual o tratamento da artrite?

A artrite pode ser controlada de forma eficaz com medicamentos e autocuidado. O tratamento para artrite geralmente inclui o uso de medicamentos que retardam a doença e previnem a deformidade articular, chamados antirreumáticos ou de medicamentos modificadores de resposta biológica.

Além dos medicamentos, as pessoas podem controlar a artrite com o autocuidado, isto é, rotinas que comprovadamente reduzem a dor e a incapacidade (permitindo que realizem as atividades importantes para elas), bem como retardam a progressão da doença:

  • Aprender sobre a doença
  • Manter-se ativo, praticando no mínimo 150 minutos de atividade física moderada por semana
  • Controlar o peso
  • Parar de fumar
  • Consultar-se com o médico regularmente
  • Cuidar das articulações (também conhecidas como “juntas”), evitando movimentos no trabalho ou no esporte que possam prejudicar as articulações.
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Artrite e artrose são palavras parecidas. São também condições clínicas semelhantes. Ambas afetam seus ossos, articulações e ligamentos. Elas têm também sintomas em comum, como rigidez e dor nas articulações. Ainda assim, são doenças diferentes, e é importante conhecer a diferença entre as duas.

Artrite é uma palavra com significado muito abrangente. Ela descreve várias situações em que ocorre uma inflamação nas articulações. Em algumas dessas situações, a inflamação pode afetar outros órgãos, como a pele, músculos, olhos e coração. Exemplos incluem osteoartrite (OA), artrite reumatóide (AR) e gota.

Artrose é outro nome para OA, um tipo de artrite. É o tipo mais comum de artrite, de acordo com os estudiosos. É causada pelo desgaste normal das articulações e da cartilagem.

A cartilagem é o tecido escorregadio que cobre as extremidades dos ossos e ajuda as articulações a se moverem. Com o tempo, sua cartilagem pode se deteriorar e até desaparecer completamente. Isso resulta em contato osso a osso nas articulações, causando dor, rigidez e, às vezes, inchaço.

A artrose pode afetar qualquer articulação do seu corpo. É mais provável que afete as articulações das mãos, pescoço, joelhos e quadris. Seu risco de desenvolvê-lo aumenta com a idade.

Quais são os sintomas da artrite, incluindo a artrose?

Os sintomas da artrite variam conforme o tipo de artrite. Dor nas articulações e rigidez são os mais comuns. Outros sintomas comuns de artrite são:

  • inchaço nas articulações
  • vermelhidão da pele ao redor das articulações afetadas
  • limitação de movimento reduzida nas articulações afetadas

Já os sintomas mais comuns da artrose (OA), em particular, incluem:

  • dor nas articulações
  • rigidez articular
  • sensibilidade ao redor das articulações afetadas
  • flexibilidade reduzida nas articulações afetadas
  • sensação de ralar ou esfregar osso a osso
  • esporões ósseos ou pequenos pedaços de crescimento ósseo extra que podem se desenvolver em torno das articulações afetadas

Quais são os fatores de risco para artrite, incluindo artrose?

Seu risco de desenvolver artrose, bem como alguns outros tipos de artrite, pode ser afetado por:

  • Idade: Artrose e muitos outros tipos de artrite são mais comuns em pessoas idosas. Sexo : As mulheres são mais propensas a desenvolver artrose, assim como a AR. Os homens são mais propensos a desenvolver gota.
  • Peso: o peso extra coloca mais pressão nas articulações. Isso aumenta o risco de danos nas articulações e artrose. Estar acima do peso também aumenta o risco de alguns outros tipos de artrite.
  • Lesões : Acidentes e infecções podem danificar as articulações, aumentando o risco de artrose. Também pode aumentar suas chances de desenvolver alguns outros tipos de artrite.
  • Deformidades articulares: Cartilagem malformada e articulações irregulares aumentam o risco de artrose.
  • Ocupação: O trabalho que exige muito estresse nas articulações pode aumentar o risco de artrose.
  • Genes: é mais provável que você desenvolva artrose se tiver um histórico familiar da doença. Seus genes também afetam suas chances de desenvolver outros tipos de artrite, como a AR.

Como a artrose e outros tipos de artrite são tratados?

Os tratamentos podem incluir:

  • Medicação: anti-inflamatórios não esteróides e analgésicos comuns.
  • Fisioterapia: exercícios para ajudá-lo a fortalecer e estabilizar suas articulações e recuperar ou manter sua amplitude de movimento.
  • Terapia ocupacional: estratégias para ajustar seu ambiente de trabalho ou hábitos para ajudar a gerenciar sua condição.
  • Órteses: talas ou palmilhas que ajudam a aliviar o estresse e a pressão nas articulações danificadas.
  • Cirurgia: limpeza, substituição ou fusão das articulações danificadas. Na maioria dos casos, seu médico irá incentivá-lo a tentar tratamentos menos invasivos antes de recomendar a cirurgia.

Converse com seu médico sobre suas opções de medicamentos, fisioterapia e outros tratamentos. Na maioria dos casos, é possível levar uma vida normal e saudável mesmo tendo artrite (em suas muitas formas), especialmente se você tiver o diagnóstico precoce, se seguir corretamente a prescrição de medicamentos e tiver uma boa rotina de cuidados com a saúde.

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O que é pré-diabetes?

O pré-diabetes é uma condição de saúde grave em que os níveis de açúcar no sangue são mais altos que o normal, mas ainda não altos o suficiente para serem diagnosticados como diabetes tipo 2. Em nosso país, o desconhecimento sobre o pré-diabetes é grande. Considerando que para cada paciente diabético, existam pelos menos três pacientes em risco, a estimativa é de cerca de 40 milhões de brasileiros sejam pré-diabéticos. Mais preocupante ainda é o fato de que a maior parte deles não sabe que tem a condição. O pré-diabetes aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2, doenças cardíacas e derrame.

A boa notícia é que, se você tem pré-diabetes, adotar mudanças no estilo de vida ajuda a prevenir ou retardar o diabetes tipo 2, além de outros problemas graves de saúde.

O que causa o pré-diabetes?

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que atua como uma chave para permitir que o açúcar no sangue entre nas células para uso como energia. Se você tem pré-diabetes, as células do seu corpo não respondem normalmente à insulina. Seu pâncreas produz mais insulina para tentar fazer com que as células respondam. Eventualmente, seu pâncreas não conseguirá acompanhar e seu açúcar no sangue vai aumentar, preparando o terreno para o pré-diabetes – e o diabetes tipo 2 no futuro.

Sinais e sintomas

Você pode ter pré-diabetes por anos, mas não ter sintomas claros, por isso muitas vezes o pré-diabetes não é detectado, até que complicações de saúde graves apareçam. É importante conversar com seu médico sobre o teste de açúcar no sangue se você tiver algum dos fatores de risco para pré-diabetes, que incluem:

  • Estar acima do peso
  • Ter 45 anos ou mais
  • Ter um pai, irmão ou irmã com diabetes tipo 2
  • Ser fisicamente ativo menos de 3 vezes por semana
  • Já teve diabetes gestacional (diabetes durante a gravidez) ou deu à luz um bebê que pesava mais de 4 quilos
  • Ter síndrome dos ovários policísticos

Teste simples de açúcar no sangue

Você pode fazer um teste simples de açúcar no sangue para descobrir se tem pré-diabetes. Pergunte ao seu médico se você deve ser testado.

Prevenção do diabetes tipo 2

Se você tem pré-diabetes e está acima do peso, perder um pouco de peso e praticar atividade física regularmente pode diminuir o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Uma pequena perda de peso significa cerca de 5% a 7% do seu peso corporal, ou seja 3 a 5 quilos para uma pessoa de 70 kg. Atividade física regular significa fazer pelo menos 150 minutos por semana de caminhada rápida ou atividade similar. São apenas 30 minutos por dia, cinco dias por semana.

Adotar um programa de mudança de estilo de vida pode ajudá-lo a fazer essas mudanças e persistir com elas. Esse plano deve incluir:

  • Trabalhar com seu médico, ou equipe de saúde, para fazer mudanças de estilo de vida realistas e duradouras
  • Descobrir como ter uma alimentação saudável e adicionar mais atividade física ao seu dia
  • Descobrir como gerenciar o estresse, manter-se motivado e resolver problemas que podem retardar seu progresso
  • Obter apoio de pessoas com objetivos e desafios semelhantes

O melhor momento para prevenir o diabetes tipo 2 é agora!

Adaptado de: https://www.cdc.gov/diabetes/prevent-type-2/index.html

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