De forma geral, a bolsa de ostomia não deve ter odor algum. Em alguns raros momentos, porém, você poderá notar alguns odores da bolsa de ostomia, isso pode acontecer quando você ingere certos alimentos, por exemplo.

Entretanto, não há porque se preocupar: atualmente há no mercado várias opções de produtos que ajudam a evitar os odores da bolsa de ostomia. Confira agora!

Um dos temores mais frequentes, entre as pessoas que foram (ou serão) submetidas a uma cirurgia de ostomia, é o receio de que o cheiro da bolsa seja percebido pelas pessoas próximas, o que poderia gerar constrangimentos e até estigmas.

Esse receio, porém, não se justifica nos dias de hoje. Primeiro, porque os materiais evoluíram muito nos últimos anos. Por exemplo, as bolsas são revestidas por um filme que ajuda a manter eventuais odores sob controle.

Além disso, o encaixe entre as peças, bem como a aderência da bolsa à pele são tão bons que, em condições normais, não há porque o odor escapar de dentro da bolsa.

Ainda assim, há determinadas situações, como quando a pessoa ingere certos medicamentos, ou mesmo alguns alimentos, que alteram o odor das fezes, que uma ajuda a mais no combate aos odores pode ser muito bem-vinda.

É justamente para lidar com essas situações que você precisa conhecer os produtos que apresentamos a seguir!

1. Filtro de carvão

No topo da lista de produtos para evitar os odores da bolsa, temos o filtro de carvão para bolsa de ostomia.

Esse produto funciona como um filtro e serve não apenas para neutralizar o odor que é exalado da bolsa de ostomia, mas também para retirar os gases retidos nesse local.

Com isso, o volume da bolsa é reduzido, de maneira a garantir discrição e tranquilidade.

O filtro de carvão é vendido em pastilhas, as quais podem ser colocadas diretamente dentro da bolsa. Algumas marcas de bolsa já vêm com esse produto.

2. Desodorante para bolsa de ostomia

Outra opção interessante de produto é o desodorante lubrificante para bolsa de ostomia. É uma solução que neutraliza o odor e lubrifica a bolsa, com o objetivo de facilitar o seu esvaziamento.

Esse tipo de produto facilita o deslizamento das fezes. Assim, ele colabora para que o conteúdo fecal fique no fundo da bolsa. Além disso, impede que o mau cheiro provocado pelas fezes seja exalado através da bolsa.

3. Sachês gelificantes

O terceiro produto que se pode adotar é o sachê gelificante, – o mais popular dos produtos para evitar os odores da bolsa.

O sachê tem como função mais importante transformar a consistência das eliminações, para que seja semelhante à de uma gelatina.

Por conta disso, previne o vazamento do conteúdo fecal e garante uma bolsa discreta, de perfil baixo. Além disso:

  1. Trabalha no sentido de evitar o entupimento do filtro;
  2. Pode ser usado em qualquer hora ou turno do dia, ou seja, manhã, tarde e noite;
  3. Reduz os ruídos gerados em decorrência do processo de saída do conteúdo fecal;
  4. Elimina significativamente o odor que é gerado pelo conteúdo fecal.

3. Pasta para bolsa de ostomia

Temos também a pasta para bolsa de ostomia. Além de neutralizar o odor exalado da bolsa, esse produto protege a pele da região (pele periestoma). Essa região pode acumular vestígios de fezes e, assim, ocasionar algum problema relacionado à pele.

O ideal é tentar se proteger de todas as formas, o que significa dizer que você pode combinar mais de um, entre os produtos que mencionamos.

5. Bloqueadores de odores sanitários

Outra solução é utilizar os bloqueadores de odores sanitários. Esse produto neutraliza, como o seu próprio nome antecipa, odores como aquele do conteúdo da bolsa.

Eles são feitos a partir de óleos naturais, os quais são capazes de criar uma barreira contra o odor. Esse produto pode ser utilizado no banheiro ou no quarto, onde quer que a bolsa seja esvaziada ou substituída.

Desta forma, a colostomia pode ser tratada e a bolsa aberta nestes ambientes, sem que a pessoa precise se preocupar em deixar algum mau cheiro.

Leia mais

Existe um contratempo que, de vez em quando, incomoda quem tem uma ostomia: quando a placa de ostomia não está colando direito. É claro que esse material é fabricado para garantir uma boa aderência à pele, e é isso que costuma acontecer. Mas não é impossível que, eventualmente, você encare algum tipo de dificuldade para garantir a aderência da placa. Confira as dicas que separamos para ajudar você a lidar com o problema.

Antes de mais nada, saiba que, na maioria dos casos, as dicas a seguir vão ajudar! No entanto, é importante destacar que, se o problema for recorrente e você não encontrar uma solução entre as sugestões apresentadas neste artigo, você deve procurar ajuda profissional – do estomaterapeuta.

solução para o problema da placa que não está colando costuma ser relativamente simples. Tudo começa em identificar o motivo que está por trás da dificuldade. Por isso, vamos examinar alguns dos mais comuns.

Excesso de suor

Está aí um exemplo de situação comum. Afinal de contas, todo mundo sua, às vezes em maior quantidade. Além de ser uma característica pessoal, a quantidade de suor está relacionada ao ambiente – seja pelo tipo de roupa utilizada, seja pela temperatura (verão, regiões mais quentes, etc.).

O problema está no suor na região abdominal, onde a placa é colocada. E então, que fazer? Felizmente, essa é uma situação bem fácil de se resolver.

Uma primeira dica que você pode seguir é usar um pó para ostomia, que tem a funcionalidade de limitar a quantidade do suor na pele ao redor do estoma. Há produtos destinados especificamente a esse fim, converse com seu estomaterapeuta.

Outra opção prática é usar uma placa que seja um pouco mais resistente a umidade.

Se nada disso funcionar, ou se você não tiver acesso aos produtos acima, vale tentar trocar a placa com uma frequência um pouco maior. Essa ideia também pode ajudar se o suor excessivo acontecer após algum tipo especifico de atividade, como algum a prática de esportes.

Erros na técnica de cuidados com a ostomia

Outro problema comum, que pode dificultar a aderência da sua placa. Por isso, o ideal é ter em mente as seguintes diretrizes:

  • procure seguir com cuidado o passo a passo para esvaziar ou trocar a sua bolsa – a técnica correta é muito importante para garantir a perfeita aderência da placa ao abdome;
  • quando estiver em contato com o estomaterapeuta (no hospital, no atendimento domiciliar ou mesmo na associação de ostomizados), procure tirar todas as suas dúvidas em relação à técnica de cuidados; idealmente, tente você mesmo cuidar da ostomia, sob supervisão do profissional; e
  • na dúvida, leia atentamente e procure seguir as instruções de uso de cada um dos produtos.

Então, por exemplo, se você usa algum tipo de pó para ostomia, se certifique de limpar o excesso de pó ao redor do estoma. Ou ainda, caso você use uma pasta, é preciso aplicá-la sem excessos, já que seu objetivo é apenas preencher os espaços entre o estoma e a placa.

É possível, também, que certos produtos tenham uma dificuldade em colar sozinhos. Nesse caso, você precisará da ajuda de uma fita microporosa ou de um adesivo extra.

Dica importante!

Uma dica, ainda que pareça simples: muita gente se esquece de que não deve utilizar produtos para ostomia quando estão fora do prazo de validade.

Naturalmente, estes produtos podem perder as propriedades de aderência, o que significa que ter certas dificuldades em colá-lo é natural. Esse problema também pode acontecer se os produtos não forem armazenados da maneira ideal, mesmo se a data de validade não tiver expirado.

A solução, neste caso, é sempre ficar de olho na data de validade dos produtos, para trocá-los sempre que for necessário e armazená-los respeitando as instruções.

Presença de pêlos na região

Especialmente para os homens, este pode ser um grande problema: a placa de ostomia não está colando por conta dos pêlos da região do estoma. E isso pode criar uma enorme dificuldade, especialmente se eles forem muito longos, o pode causar o descolamento do adesivo. Neste caso, não há muita opção, a não ser dar uma boa aparada ao redor da área.

Para isso, o ideal é usar uma tesoura ou uma maquininha específica para esse fim. Procure evitar lâminas de barbear ou mesmo a depilação com cera. Esses métodos podem irritar a pele, prejudicando ainda mais a adesão da placa…

Feridas na pele periestoma

A pele periestoma (ao redor do estoma) é motivo de atenção constante, por parte de quem tem uma ostomia. É necessário tomar todo o cuidado para que ela se mantenha íntegra e saudável. Seu aspecto deve ser semelhante ao da pele do restante da região abdominal.

Apesar de todos os cuidados, é possível que, em algum dado momento, essa pele esteja irritada ou mesmo machucada. E o inchaço, a coceira ou mesmo a secreção que possa estar drenando de alguma feridinha na região podem prejudicar a aderência na placa.

É claro que, se você cuidar bem da pele dessa região, não deve enfrentar esse problema. Ainda assim, pessoas que tenham a ostomia há pouco tempo, até porque não dominam a rotina de cuidados, têm mais chance de viver essa situação. Mas não se engane: problemas na pele periestoma podem ocorrer com qualquer pessoa que tenha uma ostomia e, consequentemente, dificuldades para aderir a placa também!

Os casos mais simples, naturalmente, podem ser solucionados com o uso de certos produtos para proteção da pele, como o pó, o spray ou o creme. Mas, se a situação for um pouco mais delicada, recomendamos consultar um profissional – seu médico ou estomaterapeuta.

Estoma retraído

Se o seu estoma é retraído, a superfície de contato entre a placa e a pele do abdome pode estar prejudicada. Assim, é possível que ocorram alguns vazamentos por baixo da placa, o que prejudica ainda mais a eficácia da colagem. Neste caso, você pode experimentar usar uma placa convexa, que é mais recomendada para melhorar a superfície de contato com a pele e, com isso, a aderência a ela. Alguns outros produtos podem ajudar nesse mesmo sentido. Cuidar de um estoma retraído é sempre uma situação desafiadora.

Pouca pressão na colagem da placa

Algumas placas demandam um pouco mais de pressão no momento da colagem. Por isso, se ela não foi suficiente, você pode ter problemas. Esse é um cuidado a ser lembrado a cada troca de placa.

Uma boa dica é, depois de aplicar a placa, usar a palma da mão para gerar uma leve pressão, por um ou dois minutos. O ideal é consultar um profissional para que ele ilustre a melhor forma de fazer esta troca.

Leia mais

Você provavelmente sabe que estoma é o nome da abertura feita na pele, numa cirurgia de ostomia. Mas você talvez não saiba que ele sofre alterações (de tamanho, forma, etc.) com o tempo. O estoma retraído é uma complicação comum e, hoje, explicaremos o que você precisa saber sobre isso!

Recapitulando: o que é um estoma?

Você deve se lembrar que, quando uma ostomia é confeccionada, uma abertura é feita na pele, de forma a comunicar o interior do órgão com o meio externo. A essa abertura, dá-se o nome de estoma.

A sua aparência lembra muito a da boca (daí o seu nome, pois boca, no grego, se diz stoma). Seu formato é redondo ou oval, sua cor é vermelha e sua aparência, sempre brilhante, úmida.

O estoma é muito vascularizado (possui muitos vasos sanguíneos) e, por isso, sangra facilmente. Mas não tem terminações nervosas, por isso não dói quando manipulado.

O órgão que se comunica com o exterior através do estoma depende da cirurgia que foi realizada. Assim, se foi feita a cirurgia para criar uma abertura para eliminar fezes (chamada de ostomia digestiva), é o intestino que forma o estoma. Por outro lado, se a intervenção busca criar uma via alternativa para eliminação de urina (ostomia urinária), é o ureter que se comunica com a parede abdominal (normalmente com a ajuda de um segmento de intestino delgado).

Por que o estoma se retrai?

Ao longo do tempo, o estoma muda de formato, de tamanho, etc. Isso acontece porque, logo após a cirurgia, ele está inchado e, à medida que desincha, reduz de tamanho.

Além disso, conforme o processo de cicatrização da parede abdominal, e também porque o peso da pessoa pode sofrer alterações no pós-operatório, o estoma pode mudar de formato, localizando-se mais para dentro ou mais para fora da superfície abdominal…

Por isso, é possível identificar estomas em diferentes posiçõesprojetadoplano ou retraído. Então, o projetado (ou protruso) se apresenta para fora da superfície, criando uma elevação na região. Por outro lado, o estoma plano está bem alinhado ao nível da pele. Mas hoje, vamos falar sobre o estoma retraído. Nesse caso, o estoma fica abaixo da superfície da pele, criando assim uma “depressão” na área.

E quais são as implicações de se ter um estoma retraído, ou até mesmo um estoma plano? A resposta é simples: basicamente a aderência da placa/base à parede abdominal fica prejudicada. Então, surgem os riscos de vazamentos, de lesões da pele em torno do estoma e de complicações associadas.

Todas as soluções disponíveis passam por otimizar a superfície de contato da placa com a parede abdominal, garantindo melhor aderência. Por exemplo, uma possibilidade seria usar uma placa convexa no estoma retraído. A utilização desse tipo de placa vai produzir uma projeção maior do estoma para fora, gerando desse modo uma maior facilidade na adaptação do seu sistema de bolsa.

Como conviver com um estoma retraído?

Além da utilização da placa convexa, que projeta o estoma alguns milímetros para frente, há outros produtos que podem ser fortes aliados das pessoas que têm esse problema, por exemplo:

  • pasta protetora;
  • os anéis; ou
  • as tiras adesivas.

A lógica é sempre a mesma: melhorar a superfície do abdomegarantindo assim a aderência entre o sistema de bolsa e a pele da região. Em última análise, o que queremos é que as fezes não entrem em contato com a pele.

Além destes, existem outros cuidados importantes para ter uma vida boa com estoma retraído. Confira!

Para começar, garanta que o tamanho do orifício da placa seja adequado ao do seu estoma. Se for menor, a placa pode machucar o estoma. Caso seja maior, essa diferença não deve ultrapassar os 3 mm. Assim, você evita o contato das fezes com a pele!

Quando a bolsa atingir 1/3 da sua capacidade, esvazie ou troque! E, caso observe alguma infiltração do conteúdo da bolsa (fezes ou urina) na placa, não vacile: troque a placa imediatamente.

Lembre-se sempre de observar a pele peristoma (em torno do estoma) quando trocar o dispositivo. E mais: tenha cautela na hora de retirar a placa adesiva. São cuidados que devem ser feitos diariamente, com o máximo de atenção, para evitar problemas.

Analise o período de duração da bolsa. No geral, as bolsas de duas peças têm duração de sete dias e as de uma peça, três dias. Lembre-se: a necessidade de trocas mais frequentes pode indicar problemas. Caso tenha qualquer dúvida, consulte sempre o estomaterapeuta.

Leia mais

Uma dieta balanceada é importante para todos nós. Ter a ostomia requer algumas adaptações na alimentação para garantir a melhor qualidade de vida.

Durante as seis primeiras semanas de recuperação da cirurgia de ostomia, você deverá manter uma dieta leve, estritamente o que foi recomendado pelo seu médico. Após este período, mantenha uma dieta balanceada que inclua as vitaminas, minerais e calorias necessárias para uma boa saúde. Além disso, no primeiro ano de recuperação da cirurgia, você pode precisar de algum tipo de suplementação – siga sempre o que for recomendado pelo seu médico ou nutricionista.

Além dos alimentos que podem produzir gases, alterar as cores das fezes ou urina ou ainda produzir odor, algumas dicas são importantes para melhorar a sua relação com a alimentação e a ostomia.

Separamos 7 dicas para você, neste infográfico. Fique à  vontade para fazer o download do arquivo. Esperamos que ele ajude bastante no seu dia-a-dia!

Leia mais

Se você acabou de realizar a cirurgia para colocação da ostomia ou se já é ostomizado há um tempo, informações para construir um hábito saudável de alimentação são sempre úteis.

Cada organismo é único: o paladar, as preferências e a forma como reagem ao alimento são diferentes entre as pessoas. E isso, independentemente de elas terem ou não um estoma.

Uma dieta saudável é construída com uma grande variedade de alimentos, sempre ingeridos com moderação. Além disso, é essencial manter uma rotina de exercícios físicos, associada a uma alimentação balanceada. Essa é a melhor receita para a qualidade de vida!

A rotina alimentar após a cirurgia

No período pós-operatório, tanto da ileostomia quanto da colostomia, as eliminações terão aspecto líquido. Com o passar do tempo isso melhora, não se preocupe. Enquanto isso, você pode ingerir alimentos que aumentam a consistência das fezes, como arrozbatatas e bananas, por exemplo.

Após cerca de seis a oito semanas, você estará praticamente recuperado e as eliminações terão uma consistência menos líquida. Ainda assim, é importante não descuidar da sua hidratação: procure ingerir a quantidade certa de líquidos, sal e calorias. O seu médico ou o seu nutricionista podem ajudá-lo a desenvolver um plano alimentar que atenda às suas novas necessidades.

É importante lembrar que a forma como o corpo reagirá às mudanças no regime de funcionamento, por conta da presença da ostomia, é absolutamente individual. Tem a ver com as características específicas do seu organismo e com o seu estilo de vida, principalmente. Por exemplo, os horários das refeições variam de pessoa para pessoa e podem ser afetados por circunstâncias sociais – como o seu horário de almoço no trabalho, por exemplo.

Acima de tudo, procure retomar o prazer de se alimentar, aproveitando o sabor, o aroma e a textura dos seus alimentos preferidos… mas não se esqueça: tudo com moderação.

Construindo a alimentação saudável para ostomizados

Todas as escolhas de alimentos que compõem a sua dieta são importantes – concentre-se na variedade, qualidade e valor nutritivo de cada refeição. Ah, e claro: tente alimentos novos e busque o melhor cardápio para as suas necessidades e paladar.

  • coma somente a quantidade adequada de calorias para você. Ela é baseada em sua idade, sexo, peso ideal e atividade física;
  • considere seu atual peso para construir um estilo de alimentação mais saudável – evite o ganho de peso, reduza o risco de doenças cardíacas ou diabetes, por exemplo. Um bom começo é calcular o seu índice de massa corporal – IMC;
  • adote em sua rotina o hábito de consultar os rótulos nutricionais e lista de ingredientes dos alimentos que irá consumir. Assim, busque por opções de alimentos e bebidas com menor teor de gordura saturada, sódio e açucares.

Além disso, escolha todos os cinco grupos de alimentos, incluindo grãoslegumes e vegetaisfrutasproteínasgorduras e laticínios, para obter todos os nutrientes de que você precisa.

Quanto ingerir de cada grupo para uma alimentação saudável para ostomizados?

Para saber mais: Consulte o Guia Alimentar para a população Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde.

Dicas importantes para a alimentação saudável para ostomizados

  • Desenvolva sua rotina alimentar baseada em seu estilo de vida: crie uma rotina que você possa seguir com tranquilidade e que não restrinja seu estilo de vida ou a rotina da sua família;
  • Mastigue seus alimentos completamente: a mastigação completa não só ajuda o seu organismo na digestão, como também as suas refeições serão mais agradáveis e relaxantes;
  • Não tenha medo de escolher “alimentos novos”: tente alimentos que você não conhece e não se limite em suas refeições. Mas lembre-se: o segredo de uma boa refeição é a moderação;
  • Evite grandes refeições durante a noite: além de prejudicar a qualidade de seu sono, pode fazer com que sua bolsa se encha mais rapidamente durante a noite, e seu sono será interrompido, já que você precisará esvaziá-la;
  • Evite quantidade excessivas de bebidas alcoólicas: a ingestão inadequada de bebidas alcoólicas pode deixá-lo desidratado e, dependendo do tipo de estoma que você tem – urostomia, principalmente – faz com que você precise esvaziar sua bolsa com mais frequência. Além disso, o álcool é uma caloria de má qualidade, isto é, transforma-se facilmente em gordura, sem necessariamente nutrir você. Por fim, a cerveja também pode contribuir na produção de gases.

Acima de tudo, a alimentação é uma parte essencial da vida. Além disso, pode ser extremamente prazerosa, principalmente se desfrutada na companhia de quem você ama. A presença de um estoma não deve limitar seu prazer de compartilhar uma boa refeição com a sua família e melhores amigos.

Leia mais

Quem possui uma urostomia geralmente enfrenta o desafio de precisar esvaziar a bolsa com maior frequência. Algumas das dicas que separamos a seguir podem ser valiosas no dia-a-dia de quem tem essa condição.

O que é a bolsa coletora de urina?

bolsa coletora de urina é um dispositivo, comumente utilizado em tratamentos de incontinência urinária ou durante recuperações pós cirúrgicas, por exemplo. Portanto, neste guia apresentaremos duas variações comuns de bolsas para coletar urina: a bolsa coletora de leito e a bolsa coletora de perna.

Para entender a importância desse acessório, antes de mais nada, você precisa levar em conta que, diferente das ostomias intestinais, a urostomia apresenta fluxo constante de drenagem, isto é, existe urina gotejando através do estoma praticamente o tempo todo.

Na prática, isso quer dizer que a pessoa que tem uma urostomia precisa estar permanentemente atenta à necessidade de drenar ou substituir a bolsa.

A ideia de acoplar à bolsa de urostomia um segundo reservatório, que aumente a capacidade de armazenamento de urina, tem justamente o propósito de trazer mais autonomia ao dia-a-dia da pessoa, propiciando mais conforto e confiança.

bolsa de leito tem a capacidade usual de 2.000 mL, e costuma vir com um pequeno gancho plástico, para ser acoplada à cama.

Já a bolsa coletora de perna, além de ter dimensões menores (tipicamente até 750 mL, pois tem que caber por sob a roupa de quem está usando), vem com acessórios extras: um par de cintos, um em cada extremidade – superior e inferior – para fixá-la na perna.

Agora que você já conhece as apresentações da bolsa coletora de urina, confira a seguir como ela pode ser útil no dia-a-dia.

Utilizando a bolsa coletora de urina para dormir

Certamente, se você frequentemente levanta durante à noite para esvaziar sua bolsa de urostomia, esta dica é para você.

À noite, você pode utilizar um sistema de drenagem noturno. Conectado à sua bolsa de urostomia, ele drenará a urina produzida enquanto você dorme. E isso permitirá que você descanse sem precisar levantar-se tantas vezes.

Além disso, ele também protege o estoma e a pele periestoma do contato com a urina.

O que compõe um sistema de drenagem noturno?

Você precisará dos seguintes itens:

  1. Bolsa de urostomia: É importante reforçar que, o sistema de drenagem só é indicado para urostomias;
  2. Adaptador/conector : faz a conexão entre a bolsa de urostomia e o sistema de drenagem. Geralmente ela faz parte do conjunto do tubo extensor;
  3. Tubo extensor: Parte integrante da bolsa coletora de urina de leito;
  4. Bolsa coletora de urina.

E como o sistema funciona?

Por exemplo, ao conectar a sua bolsa de urostomia ao sistema de drenagem nortuno, deixe uma pequena quantidade de urina na bolsa de urostomia, antes de conectar ao tubo extensor. Isso evitará que haja um vácuo no sistema, que impediria a drenagem.

A bolsa coletora de urina deve ser posicionada sempre mais baixa que a bolsa de urostomia: pode ser colocada em um recipiente o chão – como uma pequena cesta de lixo, por exemplo. Isso porque o mecanismo de funcionamento se baseia na gravidade, isto é, como. bolsa coletora está mais baixa, a urina escoa em direção a ela.

<aside> <img src=”/icons/thought-alert_gray.svg” alt=”/icons/thought-alert_gray.svg” width=”40px” /> Dica Osto+: Fixe a conexão da bolsa de urostomia com o tubo conector, com uma fita microporosa na sua perna.

</aside>

Assim, você reduz os riscos de “puxões” na conexão, durante seus movimentos noturnos, evitando qualquer tipo de atrito em sua pele periestoma ou deslocamento da base/placa.

Utilizando a bolsa coletora de urina durante a pratica de atividades físicas

As bolsas coletoras de perna são uma boa opção!

A capacidade de armazenamento das bolsas de urina de perna são de 600 a 750 mL, em média. Em outras palavras, diminuirá a necessidade de interrupções para esvaziamento, durante suas atividades físicas.

Como resultado, com essa solução você poderá:

  • criar percursos mais longos ao pedalar com a família;
  • treinar por mais tempo na esteira ou na bicicleta ergométrica;
  • ter suas caminhadas (ou corridinhas) mais longas e tranquilas;

Além disso, essa idéia pode ser útil em passeios. Com uma bolsa coletora de perna, você poderá conhecer ainda mais lugares interessantes, sem a necessidade de esvaziamento frequente da bolsa de urostomia.

Leia mais